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22 de maio de 2019Embora cada vez mais popular, os escritórios compartilhados ainda geram incertezas para quem nunca atuou nesta configuração de ambiente de trabalho.
Você deve pensar: “Ah, é um blog de um coworking! É claro que eles vão falar bem sobre trabalhar em um local desses!”. É super pertinente essa observação, mas vou falar da minha própria experiência e mostrar uma pesquisa lançada recentemente sobre o assunto no Brasil.
Durante 12 anos trabalhei exclusivamente “para os outros”. Quando não estava na iniciativa privada em alguma redação de jornal ou assessoria de imprensa, atuava como jornalista de alguma entidade ou órgão público. Minha rotina sempre foi sair de casa para trabalhar.
Imagina só, 12 anos na rotina de ter um espaço, um destino para trabalhar? O corpo e o cérebro acostumam, sério. É difícil desapegar. Meus primeiros meses de home office foram uma delícia, confesso. Trabalhar de pijamão, fazer intervalos esparramada no sofá…mas aquela loucinha ali começou a incomodar, ser lavada em horário comercial…chegava alguém em casa, inúmeras paradas diante da geladeira… gente, me enrolei toda! A vida pessoal começou a se entrelaçar na profissional. Quando vi, já estava ligando o computador domingo pela manhã. A sensação era de estar o tempo todo disponível para o batente.
Teste e se conheça
Claro, cada pessoa tem um perfil, uma forma de se organizar e trabalhar. Como digo e acredito, autoconhecimento é poder. No meu caso, a disciplina para trabalhar em casa tinha que ser redobrada. Era um esforço enorme para alcançar as metas e, quando não rolava, me gerava frustração. Fora que sou muito comunicativa e preciso trocar ideias, conversar ou apenas mesmo ver gente, sabe como é? Aceita que dói menos: não deu certo, no meu caso.
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Tudo isso eu só me dei conta e, de fato, me convenci quando comecei a testar. Primeiro usei aplicativos de produtividade e organização que permitiram eu visualizar o quanto eu realmente tava com a mão na massa, quais os meus rendimentos e horários mais adequados. A partir daí, fiz testes: trabalhar em casa, ir para um local público (cafeteria, universidade, shopping) e, enfim, para o coworking. Não deu outra, o coworking disparou o meu rendimento.
Quais as vantagens de um coworking?
Já falamos algumas vezes aqui que o escritório compartilhado vai muito além de alugar e dividir um espaço. Há toda uma cultura de colaboratividade e impulsionamento ao empreendedorismo e networking inexistente em um local alugado para ser uma empresa, por exemplo. Um verdadeiro coworking tem um ecossistema focado em realizar atividades para manter viva a interação e a dinâmica entre seus participantes.
Isso foi o que me ajudou muito. Além do compromisso em sair de casa para trabalhar – afinal, eu estava acostumada com isso há uma década – o ambiente interferiu muito na minha produtividade. Primeiro por ter uma atmosfera corporativista, onde as pessoas estão focadas em trabalhar, com um ambiente preparado para aquilo, o que estimulou a minha organização e concentração. Segundo que eu comecei a aprender muito com outros profissionais, afinal, eu tava começando a entender o que é trabalhar por conta própria. Vou listar, o que melhorou para minha vida profissional:
- Mais concentração e menos distrações;
- Motivação para trabalhar, afinal, tinha que sair de casa;
- Maior produtividade por hora;
- Ter em quem me espelhar e aprender;
- Receber clientes em um ambiente profissional;
- Fazer networking e aumentar a minha renda.
Benefícios até para vida pessoal
A pesquisa inédita “Censo Coworking Brasil 2018”, realizada pelo Coworking Brasil, fez um levantamento para traçar o perfil dos coworkers brasileiros.
De acordo com o estudo, há 2 principais tipos de profissionais que estão migrando para o coworking. Entre os entrevistados para a pesquisa estão:
- 46,1% de empreendedores que atuavam em casa
- 36,6% que migraram de escritórios tradicionais
Um em cada três coworkers afirmam ter feito novos negócios com parceiros que conheceram no espaço
Para essas pessoas, vejam o que elas apontam de mudanças profissionais ao optarem por um escritório compartilhado:
76,8% dos entrevistados afirmando aumento no rendimento;
63,4% tiveram ganhos na organização;
73,2% apontam ter aprendido algo com os demais colegas de trabalho;
71,5% deles aperfeiçoaram o networking;
42,5% declaram que a rentabilidade financeira aumentou.
A pesquisa também questionou aspectos do reflexo na vida pessoal dos coworkers. “A mudança de ambiente é positiva – principalmente para quem trabalha home office, pois há uma separação da vida pessoal e profissional”, conta Fernando Aguirre, cofundador do projeto.
Veja o que revela o estudo para questões fora do ambiente profissional:
Para 67% houve reflexo positivo no convívio social e 37% a relação com a família está melhor. Já 61,1% relataram melhora na qualidade da saúde e disposição diária.
“Em seis anos neste mercado, percebo que os profissionais que escolhem um coworking para ser seu local de trabalho optam pelo desenvolvimento de suas ideias em todas as frentes. Desenvolvimento da equipe, de contatos, de suas soluções. Um ambiente completamente voltado para que todos sejam mais produtivos e proativos”, relata Jorge Pacheco, CEO e fundador da Plug.
A pesquisa completa está no site www.coworkingbrasil.org.
Agora queremos saber de você: já experimentou um coworking? Tem curiosidade? Foi e não se adaptou? Compartilha com a gente a sua opinião!