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28 de abril de 2017Conteúdo. Todo mundo está criando. A internet é vasta e o número de blogs e sites só crescem. E conteúdo não é somente texto: youtubers estão se tornando verdadeiras celebridades e conseguem milhares – até milhões – de fãs somente contando sobre o seu dia-a-dia, mostrando sua roupa, cremes favoritos, maquiagens, ensinando algo em tutoriais.
Nunca se produziu tanto conteúdo quanto o momento atual. E para as empresas, a situação pede cuidado: não se luta mais por espaço na internet, mas por atenção. E a diferença entre os dois é grande! Conteúdo é uma forma incrível de engajar consumidores e interagir com eles. No entanto, é preciso perceber que não basta “entupir” seu blog de conteúdo sem ele ter um propósito e como ele vai de fato ajudar as pessoas, sejam elas consumidores em potencial ou não.
O Brasil é o terceiro país no mundo que passa mais tempo na internet (Relatório Digital Social e Mobile, 2015), ganhando já da televisão e com uma média de 3 horas diárias gastas em redes sociais. Apesar disso, muitas empresas enfrentam a dificuldade de interagirem com seu público, entregar valor e finalmente vender. Por que isto acontece?
Um novo viés: entreter para depois vender
Muitas marcas utilizam redes sociais e blogs para vender imediatamente seus produtos e serviços, sem se preocuparem em que momento a propaganda chega até o consumidor na internet. Ou seja, sem saberem se a pessoa está procurando seu produto, se ainda sequer identificou um problema. E propaganda nas redes sociais tornam-se irritantes, afinal, é uma rede de relacionamentos.
A propaganda, quando mal utilizada, se torna um verdadeiro spam. O consumidor tem o poder neste momento de dar unfollow, descurtir, descadastrar. Não é isso que sua empresa deseja, correto? Então vamos ver o outro lado.
À parte disso, pessoas antes comuns se tornaram verdadeiras celebridades na internet, escrevendo livros, fazendo parte de campanhas publicitárias e se tornando embaixadores de marcas. Eis que surgem então os influenciadores digitais, pessoas as quais o público quer seguir, utilizar roupas da mesma marca, frequentar os mesmos lugares, etc. As marcas recorrem a estas pessoas para realizarem publieditoriais (propagandas no meio de textos e vídeos), além dos testemunhos favoráveis dados pelos influenciadores a respeito da marca.
Por que as empresas precisam fazer todo esse caminho, se elas mesmas poderiam criar conteúdo que engajasse seu público? Os influenciadores são procurados porque eles têm algo valioso dos consumidores: a confiança. O público acredita realmente que se determinado blogueiro utiliza uma marca de perfume e a recomenda, o produto é bom.
Os influenciadores digitais são os melhores “professores” no quesito produção de conteúdo de valor: escrevem textos, gravam vídeos, ensinam, compartilham problemas e conquistas. Assim, o público se identifica e cria elo com a pessoa referência. Na busca das marcas para se tornarem mais humanizadas, os influenciadores são a chave. Mas a proposta continua: que tal humanizar sua marca e realmente investir em uma estratégia de conteúdo?
Sabemos que o mercado está competitivo. Logo, o conteúdo vem como uma forma de dar valor à marca, mostrando que ela não quer somente o dinheiro do consumidor: quer entendê-lo, ver seus problemas e sugerir soluções. Principalmente no âmbito da internet, principal local para se informar e aprender. Com uma estratégia definida, pesquisa sobre o público-alvo, é possível traçar um plano eficaz para se comunicar e engajar os consumidores. Isso sem investimentos assustadores e meses para ser implementado. É preciso começar a mudar a frase “preciso criar conteúdo” para “por que estou criando conteúdo? ”. É o início do caminho, é de muito aprendizado e com certeza valerá a pena.
Escrito por Debora Carvalho.