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27 de abril de 2021Feira de inovação
22 de março de 2023A pandemia trouxe uma mudança profunda de hábitos do ser humano. A redução nas distrações externas o obrigou a olhar internamente. A revisitar suas relações pessoais e profissionais. A reavaliar seu modus vivendi.
Relações pessoais ficaram em cheque. Entre cônjuges, entre pais e filhos, entre chefes e subordinados, todos obrigados a estabelecer forçosamente um novo modo de trabalho. As relações profissionais precisaram se reinventar devido ao aumento da distância, enquanto as relações familiares pela sua redução.
Muito rapidamente, as Empresas começaram a transferir as operações tradicionais de trabalho de escritório para um ambiente doméstico. Salas de estar e cozinhas foram rapidamente transformadas em escritórios, às vezes até no próprio quarto. O próximo obstáculo foi encontrar uma sincronia entre a equipe e estabelecer uma base de confiança alicerçada por indicadores de entrega e produtividade.
Empresas baseadas em tecnologia foram as que mais se adaptaram. A comunicação virtual passou a ser uma constante e, até certo ponto, há agora um conforto neste novo modelo. Desmobilização de espaços e infraestrutura trouxeram grandes economias. Simplificação de trabalho e revisão de processos trouxe uma adaptação que outrora se imaginava não ser possível. As pessoas passaram a perceber que o home office tinha suas qualidades, estar mais próximo dos entes queridos, reduzir o tempo de trânsito diário, resolver questões particulares ficou mais fácil.
Mas o que inicialmente foi uma euforia baseada em redução de custos e aumento de desempenho aliados a um aumento de qualidade de vida, levou a efeitos colaterais indesejados.
Internet ruim em casa, residências que não comportam trabalho remoto, convivência com cônjuges trazendo discórdia ou até com os filhos, dificultando o trabalho. Ou até lares desfeitos. Se não teve nada disso, teve a solidão.
Ora, o homo sapiens, desde seu alvorecer, sempre foi uma espécie que viveu em comunidade e interagiu fisicamente. Caçando, coletando frutas, plantando. Quatro pilares direcionaram sua evolução até então: o físico, o espiritual, o social e o mental. E a interação física expandida, além da fronteira familiar, foi uma parcela fundamental de sua evolução.
A pandemia privilegiou a preservação e cuidado dos aspectos físicos. Os demais pilares foram atendidos de forma deficitária, uma vez que a troca de experiências e sensações não ocorre em sua totalidade em conexões virtuais. Sinapses numa troca de ideia, num cafezinho, numa pausa de uma reunião, ou contato visual e sensações com espaços diferentes, comportamentos e condutas alheias, são fatores que compõem a criatividade e inventividade humana. Assim, ganhou-se muito em desempenho para se continuar fazendo o mesmo melhor, porém de forma incremental. Saltos quânticos estão latentes esperando interações para surgir.
Mas como voltar a ter um equilíbrio entre estes pilares, sem perder alguns ganhos de qualidade de vida que o trabalho remoto nos fez enxergar?
Depois de um prazo maior que uma improvisação permitiria, um novo modus operandi começa se solidificar, mesmo no mundo líquido de Baumann.
Os coworkings, que nasceram no início da Economia Colaborativa, estão tendo seu papel de protagonismo acelerado. As empresas agora podem se redimensionar para um tamanho menor, onde as equipes se encontram uma ou duas vezes por semana e os demais dias, seus colaboradores podem trabalhar em coworkings perto de suas residências – até em equipes menores da empresa. Networking com uma diversidade que antes tinha de ser planejada pela área de RH, agora pode ser encontrada organicamente nestes espaços com uma multiplicidade de profissionais, impossível de se obter de forma tradicional.
Os nossos espaços aqui do Impact Hub, podem com certeza reduzir e simplificar custos, ajustar as dificuldades que se encontram em suas residências, estar próximo para uma melhor qualidade de vida e com fácil acesso a uma infraestrutura profissional e amenidades de escritório – questões já descobertas e assimiladas por pequenas empresas, startups e freelancers.
Assim, as médias e grandes empresas já podem ter uma alternativa de meio, aliando o trabalho remoto, desempenho, criatividade e evolução através das sinapses que sempre existiram na colisão aleatória de conexões orgânicas, porém agora estruturadas e cuidadas dentro de uma comunidade de coworking.
Sua empresa está pronta para este novo desafio?
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