Consciência para produzir, assim como os clientes estão para consumir
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Me arrisco a afirma que intrínseco no nosso inconsciente coletivo considerar a industrialização como antônimo de sustentabilidade e humanização. Recorrendo aos conteúdos históricos é bem justificável a gente pensar assim. Quem aí não se lembra das aulas de história sobre Revolução Industrial na escola e sua associação ao “desenvolvimento”?
Tudo bem, não sejamos extremistas. Mas há que se considerar que processo industrial vem a séculos, de forma contínua, cada vez mais acelerado, focado no quantitativo e alterando nossa forma de nos comportar, consumir e relacionar com o meio ambiente. Mas aí, chegamos aqui na pós-modernidade “sofridos”, rumo aos anos 2020, pedindo: pare o mundo que quero descer! Os efeitos colaterais na natureza gritaram com grandes tragédias ambientais, estamos cada dia nos “paralisando” no trânsito e o consumo excedeu os limites. É de pirar, não é?
Antes disso – ainda bem – começamos a refletir sobre esses impactos e as novas necessidades e caminhos capazes de equilibrar melhor essa conta. É aí que começam a surgir ideias e, principalmente, os ideais de industrialização inclusiva e sustentável, uma alternativa de se remodelar o processo industrial considerando o ecossistema que vivemos, desde o ambiental, ao social e o economicamente responsável.
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O propósito se alinha com o objetivo 9 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): Indústria, inovação e infraestrutura. Entre as premissas do item, está em alinhar o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico ao bem-estar humano e, claro, respeitando o meio ambiente.
Em resumo, esse ODS inclui todos os outros ODS, pois ele relaciona de que forma vamos escolher produzir e consumir as coisas na sociedade atual, considerando todos os aspectos que englobam nosso cotidiano.
“Esse ODS fala de construir infraestruturas resiliente (uma palavra que vem lá da biologia), promover industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação”. Andreia Amorim, Coordenadora do Mobilização do Movimento ODS Nós Podemos SC e Diretora da Prosperitate Consultoria em Sustentabilidade.
O que diz a ODS #9?
Há alguns caminhos da ONU já vão apontando como construir uma indústria mais moderna e sustável, veja alguns pontos do objetivo 9:
- Ter foco no equitativo e preço acessivos para todos, em substituição ao excesso de produção e preços muito diferenciados de um produto para outro;
- Considerar a produção e o consumo sustável (como vimos em outro post);
- Estimular a infraestrutura regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano;
- Aumentar o acesso das pequenas indústrias e outras empresas, particularmente em países em desenvolvimento, aos serviços financeiros, incluindo crédito acessível e sua integração em cadeias de valor e mercados;
- Adoção de tecnologias e processos industriais limpos e ambientalmente corretos;
- Outros pontos você pode ver aqui.
Exemplo que vem da moda
Não requer mudanças muito radicais para se colocar a ODS 9 em prática. Uma prova é o projeto “Black Mirror” desenvolvido em 2016 pelo fotógrafo Raffael Dickreuter e a modelo africana Deddeh Howard. Sim, o nome bem que lembra a série da Netflix e não é à toa não!
Na tentativa de quebrar o preconceito racial na indústria da moda, a dupla recriou campanhas famosas com a substituição da modelo branca por Deddeh Howard, que é negra. “As meninas negras são quase invisíveis para a indústria da moda. Há umas aqui e ali, mas nunca pareceu ser algo relevante”, disse Howard em entrvista à BBC. “Há a Tyra Banks, a Naomi Campbell e talvez a Iman, mas elas são a exceção à regra.”
Pensar esses aspectos se engloba da ideia de indústria inclusiva. Portanto, começar entendendo e com pequenas mudanças já é um passo.
Como dica, finalizo uma série bem legal no Youtube com a consultora Andreia Amorim que dá dicas para colocar as ODS na prática.
Acessa aqui ó!
https://www.youtube.com/watch?time_continue=231&v=grB0eWEQJp0
Ah, e se quiser, entra em contato para gente trocar uma ideia enviando comentários e e-mails! Até o próximo post 🙂