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As novas tecnologias chegaram com uma avalanche de novidades e consequências boas e ruins – como tudo na vida, vamos combinar. Profissões surgem e outras desaparecem numa velocidade que fica até difícil saber como investir, como se preparar para encarar tudo isso.
São tantas necessidades diferentes que o atual mercado tem exigido, todo dia é uma novidade, um desafio. Quando a gente aprende algo, pisca os olhos e pronto… tudo muda. E ainda nem comecei a falar sobre a inteligência artificial, rs.
Fazendo o meu planejamento de 2019 me questionei: o que eu preciso desenvolver para ser uma profissional necessária no futuro?
O que fazer? Eis a questão!
O tema vem martelando a minha cabeça desde 2017, quando decidi sair da “Caverna do Dragão”, ou seja, deixar para trás 12 anos de jornalismo impresso, seguir o coração e ir estudar cinema, além de me jogar no universo da internet que, de brinde, me trouxe para o empreendedorismo. Aprendi a “reescrever”, entender de SEO, fazer vídeo…deu para ingressar no mercado até que, em menos de um ano, comecei a ouvir muitos “meu sobrinho faz”, “achei um aplicativo”, “obrigada pelos seu serviços”. Estaria eu lenta demais no meu “F5” profissional?
Michelle Schneider, gerente do Linkedin.
Um alívio veio ao me deparar com o vídeo “O Profissional do Futuro”, do TEDx de 2018. Ninguém Michelle Schneider, gerente do Linkedin, também se questionando sobre como se preparar para esse “futuro próximo” profissional. “Me assusta ver que a maioria das pessoas não fazem ideia sequer do tamanho dessa ruptura tecnológica que está para acontecer”, diz ela no vídeo. Se possível, deponha de 18 minutinhos do seu dia para assistir, na íntegra, o Ted Talk dela. Achei tão interessante que me inspirei para este post e vou compactar aqui alguma das ideias.
“Nos próximos, a inteligência artificial para excluir centenas de milhares de pessoas do mercado de trabalho em escala global, que vai afetar a economia de todos os países (…) e eu não estou falando de algo que vai acontecer daqui a 200 anos. É uma mudança que já começou e vai se intensificar demais nos próximos 10 ou 20 anos” – Michelle Schneider, gerente do Linkedin.
Quem é você fora do trabalho?
A pergunta foi exatamente o que gerente do Linkedin ouviu de Alexandre Hohagen, o “cara” que trouxe Google e o Facebook para o Brasil. Michelle o conheceu em um voo e questionou quais critérios ele observava para contratar alguém. Você deve dizer que isso não é novidade, há algum tempo faz parte de algumas seleções, mas a partir daí é preciso notar quais skills você vem desenvolvendo, independente de questões técnicas.
O que você faz fora do trabalho demonstra quem você é, como se relaciona e se comportar em sociedade. E o que você decide fazer também contribui para desenvolver ainda mais suas habilidades.
O TED Talks tem outros “panos para manga” que rendem bons papos. Mas vou focar bem no nosso assunto aqui: como se desenvolver para ser um bom profissional no futuro? É um consenso geral, de teóricos, experts e entre nós mesmo, nas rodadas cotidianas de bate papo, o quão é incerto que profissões vão “vingar” daqui a alguns anos. Quem imaginou que os Youtubers estariam milionários com vídeos de custo baixo de produção e menos de uma década de carreira?
Pois é, diante da tecnologia, da inteligência artificial substituindo muitos profissionais e da alta qualificação exigida para atuar nesse campo, a tendência é que as habilidades comportamentais sejam o grande diferencial de mercado. “Com a inteligência artificial, os robôs podem aprender quase qualquer habilidade técnica que a gente tem hoje, mas ao menos não tão cedo poderão desenvolver suas habilidades comportamentais”, destaca Michelle.
Conectado à tendência, World Economic Forum elencou as 10 habilidades para esse profissional do futuro:
- Resolução de problemas complexos
- Pensamento crítico
- Criatividade
- Liderança e gestão de pessoas
- Trabalho em equipe
- Inteligência emocional
- Julgamento e tomada de decisão
- Orientação a serviços
- Negociação
- Flexibilidade cognitiva
Quantas necessidades, não? Dentro de cada uma dessas habilidades, há vertentes e conceitos. Ou seja, ainda temos muita coisa para desenvolver. O que é interessante é que já há como trabalhar essas habilidades, com cursos, palestras e livros. Preparação mesmo, investimento. Vejo como passo número um fazer uma autoavaliação e descobrir: quais desses pontos preciso desenvolver?
Comecei 2019 refletindo sobre isso e já elegi três que sequer passavam pela minha cabeça como uma dificuldade pessoal. Vale lembrar que tudo é possível de ser desenvolvido, aprendido e até mesmo treinado.
E você, colocou algum desses itens entre seus objetivos de 2019? Repense. O futuro já começou a bater na porta.
