TIP’s – Como atrair clientes e negociar com as pessoas?
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8 de agosto de 2018Descubra como funciona o freelancer profissional e aprenda dicas sobre esse modelo capaz de transformar carreiras e estilos de vida.
Hoje o blog do Impact Hub Curitiba vai começar uma série sobre o trabalho Freelancer. E como dizem por aí, a vida imita a arte, que imita a vida, que tira uma ideia dali, outra daqui…
Enfim. Sabe aquele cenário de “Game of Thrones”, todos seus reinos e batalhas? Pois acredite: entre todos aqueles soldados e guerreiros que inspiraram a série já existia esse figura chamado “freelancer”. E olha, não era aquele que estava fora do “mercado” não, pelo contrário.
Na era medieval, os melhores lanceiros eram – como muitas vezes ainda funciona assim hoje – os mais requisitados. Então, evitavam “fechar” negócio com uma pessoa apenas, ou seja, deixavam “free” a sua “lance” para quem pagasse mais a cada batalha. Daí surgiu o termo “freelancer”(lança estava livre), que é exatamente o que muita gente tem feito por aí: se lançado livremente nesse reino chamado mercado de trabalho, que se duvidar tem batalhas mais homéricas e imprevisíveis que muita história da ficção por aí. Além do dinheiro, o profissional tem outras facilidades: faz tudo de forma independente, sem chefe, sem burocracia, fora do ambiente formal, tem liberdade de horário… Mas, como tudo na vida, vai depender da sua estratégia para conduzir a batalha. Avante!
Bico ou freelancer? Qual a diferença?
Não é “gourmertização” usar o termo freelancer, originário do inglês e conhecido mundo afora, após o livro “Invanhoé” (1819). O popular “bico” é caracterizado por um pequeno serviço, geralmente temporário, ou um “extra” (complemento de renda) que muita gente faz, dando uma “força” remunerada para ajudar alguém.
O freelancer pode ir muito além. O “freela” é um profissional que pode oferecer um serviço completo, fechar um contrato por um tempo maior e ter uma cartela fixa de clientes e serviços. Muitas vezes isso gera mais renda que um trabalho fixo, pois é uma modalidade de trabalho onde você atua de forma autônoma, então, as recompensas financeiras e gestão do tempo estão diretamente relacionadas ao seu desempenho. É claro que, assim como numa empresa, tudo vai depender das suas metas em desenvolver profissionalmente o negócio.
E como funciona o trabalho de freelancer na prática?
Arregace as mangas, vamos para luta. Em geral, a pessoa que trabalha de freelancer atua sozinha e, para economizar no investimento, começa trabalhando em casa, fazendo os próprios horários e montando o home office. É aí que mora o perigo. Para que todo esse ecossistema funcione, a regra é clara, Arnaldo: é preciso comprometimento!
Não estou dizendo que você tem que seguir aquele estilo de trabalho que você já se libertou, mas é preciso ter elementos fundamentais para que a engrenagem esteja a todo vapor. Antes mesmo de começar a atuar, é preciso colocar em mente que você trabalha para você. Ou seja, tudo vai depender diretamente da sua iniciativa, do seu protagonismo e da proatividade. Ninguém de fora, exceto seus clientes, estará cobrando metas, prazos e desempenho.
Agora é você que será seu chefe. Fique atento e desenvolva as seguintes habilidades para iniciar sua nova fase profissional:
Planejamento:
É o primeiro passo. Construa um projeto claro do que você faz, como faz, quem pode ser seu cliente, aonde você quer chegar, etc. Você só pode vender um produto/serviço que você domina tecnicamente. Esteja seguro do que você está vendendo e de todas as etapas do trabalho.
Organização:
Fugir do maçante horário comercial é o sonho de muitos e pode ser realizado com sucesso no projeto freelancer. Mas, não se perca! É estratégico estipular horários, prazos de entrega, uma agenda, enfim, uma rotina profissional. Ir para um coworking facilita essa separação de ambiente, mas a dica é especialmente válida para quem optar pelo home office. Foco no trabalho contribui para melhores resultados. Então, deixa a louça suja para o horário dela, a soneca para o intervalo e coloque limites. É seu trabalho, lembre-se!
Dinâmica:
Seu novo “cargo” agora é muito mais dinâmico. Ou seja, além da sua área técnica, sua função contemplará da captação do cliente, a entrega do trabalho e a cobrança. Tudo vai depender e estará em suas mãos. Planeje os dias para realizar cada atividade. Assim, ficará mais fácil.
Autoconhecimento:
Sim, isso não é balela. Para ir pra guerra, você precisa saber seus pontos fortes e, principalmente, os fracos. Essa é uma forma de desenvolver melhor seu potencial. Hoje há uma gama de especialistas e cursos voltados para ajudar a aprimorar habilidades que você tem ou precisa adquirir. Seja sincero com você: É desorganizado, não sabe por onde começar? Um coaching pode ajudar. Dificuldade na gestão financeira? Um consultor está aí para isso. Há também cursos de curta duração e especializações. Estude-se e descubra o que precisa desenvolver.
“Deixei o emprego por ganhar mais como freelancer”
Sabe aquela história de aproveitar a ocasião? Pois a designer Camila Paula viu na dificuldade uma oportunidade. Ela ainda era estudante quando percebeu que ganhava mais “freelando” do que no trabalho formal. “Eu sempre era a menos experiente da onde eu trabalhava, então ganhava pouco. Comecei a fazer trabalhos da agência (de publicidade) e, por fora, freelas. Porém, eu não estava conseguindo dar conta porque acabava que não fazia nenhum dos dois bem feito pela falta de tempo”, lembra.
A rotina dupla era uma necessidade para conseguir pagar a faculdade. Mas depois, ela colocou na ponta do lápis e viu uma nova opção de renda. Há dois anos, Camila decidiu investir em ser autônoma. Organizou o local de trabalho, definiu horários, valores dos serviços e partiu para a ação. “Quando eu realmente me organizei para ser freelancer, as coisas começaram a melhorar. Precisei saber o valor do meu design, o valor do meu tempo e do meu trabalho, além de aprender saber negociar isso com o cliente”, destaca.
Vale a pena ser freelancer?
A resposta é relativa, conforme o seu perfil. Também vai depender muito de como você age para garantir o resultado positivo no final do mês, diferente do que ocorre no emprego fixo, onde o salário não altera conforme o seu desempenho.
Mas fora o dinheiro, há outras características atraentes na modalidade. Sim, será um adeus aos chefes, ao maçante horário de expediente comercial, burocracias empregatícias, extras, trabalho aos fins de semana e, muitas vezes, um tchau para uma área ou emprego que nada tem a ver com você.
Para Camila Paula, o plus foi bem específico: “Eu não gosto de acordar cedo. Como é bom se livrar disso!”, diz aos risos ela, sem medo de ser julgada. Dona do próprio tempo, agora é também uma profissional viajante. Nasceu e se formou em Manaus (AM), agora mora em São Paulo (SP) e não pretende parar por lá. Aonde vai, leva os clientes junto. “Essa vida meu deu autonomia para mudar de cidade e ter mais tempo para estudar e, assim, cada vez mais melhoro o meu lado profissional”, afirma.
E se não dá para se transferir de cidade sempre, é possível ao menos mudar de ambiente de trabalho quando deseja. Camila já trabalhou no Impact Hub Manaus e, em São Paulo, reveza entre o home office, espaços culturais como Centro Cultural São Paulo e cafeterias. “Assim que possível quero voltar para o coworking. Gostei bastante, justamente pelo network e pela troca de experiências”, destaca.
“Valeu muito a pena optar em ser freelancer. Entre as vantagens está a melhor administração do tempo e a comodidade de trabalhar em qualquer lugar, muitas vezes até de pijama em casa”, Camila Paula, Designer.
Freelancer, você não está sozinho, cara!
Ainda com receio de investir nessa empreitada? Pois saiba que é uma das áreas que mais cresce no Brasil em meio a taxa recorde, de 13,1%, do desemprego nacional.
Claro que a crise econômica deu um empurrão para um aumento de 181% do número de profissionais freelancers de 2016 até hoje. Mas muita gente aproveitou para tirar o “R” da crise e criar uma nova opção de renda nesse cenário, mudar a forma de trabalhar e se lançar em novas carreiras e projetos. Os dados são de uma pesquisa do site Workana.
Profissões que permitem o trabalho remoto, como redatores, design, marketing, contadores, administradores, entre outros, estão entre as áreas que mais cresceram no setor autônomo.
Outra característica desse mercado são pessoas que estão trocando de área ou mesmo começando uma carreira. Não acredita? Os números comprovam. A pesquisa Mercado Freelancer, feita com quase 10 mil pessoas, revela que 77,3% atuam como freelancer. Desse total, 37,1% já vivem exclusivamente do serviço independente.
É muita gente que aprendeu como tirar proveito da modalidade e está conquistando espaço e renda como freelancer. Acredite no seu potencial, organize-se e se lance! Sempre há um mercado precisando de novas ideias e serviços como mais qualidade.
Vamos tirar aquele projeto da gaveta?
Para amadurecer melhor as ideias, na próxima semana, teremos mais um post relacionado ao mercado de freelancer. Aproveite e envie sugestões para nossa equipe [email protected]