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21 de março de 2018Por Lídia Ferreira
Para muitos, há uma fronteira tênue entre as duas atividades que nos conceitos e na legislação são diferentes entre si.
As dúvidas pairam especialmente pelo empreendedorismo social ainda ser um modelo de negócio em expansão e com pouca difusão sobre suas diretrizes no Brasil. Mas conceitualmente e nas questões jurídicas são atividades que se diferenciam em vários pontos. De maneira simples e direta, ambos os modelos têm como foco utilizar suas habilidades para desenvolver e/ou transformar socialmente a área onde atuam, gerando uma mudança efetiva na vida das pessoas que são seu público-alvo. É o chamado impacto positivo social que pode ser na própria área social, ou mesmo na saúde, educação, meio ambiente, economia e etc.
A principal diferença está na questão da lucratividade. Primeiro é preciso entender que lucro é resultado financeiro apurado entre receitas e despesas. Ele é o retorno em dinheiro daquele trabalho e pode ser dividido entre seus sócios, usado para manter a empresa ou conforme seus dirigentes decidirem.
O empreendedorismo social, assim como qualquer outro negócio convencional, tem entre as suas premissas gerar lucratividade, mas não é o principal foco. Esse modelo mantém como missão primordial beneficiar diretamente pessoas de baixa renda, com objetivo de resolver questões sociais onde atuam. Para isso, utiliza-se de estratégias de mercado e considera a viabilidade econômica, tanto para sustentabilidade do negócio quanto dos seus desenvolvedores. Geralmente é desenvolvido por um grupo de pessoas e investidores que conseguem retorno sobre o valor investido e reinvestem parte dos lucros no próprio negócio.
Já uma Organização Não-Governamental (ONG) não tem esse objetivo e todo o dinheiro gerado não pode ser distribuído entre os participantes, ou seja, o lucro obtido deve ser revertido para o próprio desenvolvimento e impulsionamento das atividades.
Veja os pontos em comum entre os modelos:
– Focam em buscar soluções para questões sociais e de melhoria de uma comunidade;
– Há comprometimento de todos os integrantes em melhorar a vida de quem atendem;
– São iniciativas de impacto social realizadas independentemente do governo;
– Se necessário, usam de articulação com as políticas públicas;
– Realizam ações sociais e educativas para o desenvolvimento social;
– Podem desenvolver um trabalho em rede para ampliar sua atuação;
– Podem realizar parcerias também para aumentar o desempenho;
– Analisam a cadeia produtiva para selecionar fornecedores e prestadores de serviços que também se preocupem com o impacto de suas ações;
– Combatem as formas ilegais de trabalho, bem como o trabalho escravo e infantil;
– Consideram o impacto ambiental de suas ações.
Agora, compare as principais diferenças entre os modelos:
Negócio Social | ONG |
Geram lucro Incluir grupos de baixa renda na cadeia produtiva de valor Cobra pelos serviços que oferece É auto sustentável Emprega e remunera funcionários Pagam impostos |
Sem fins lucrativos É aberto a todos os grupos de pessoas Faz filantropia, sem cobrar nada Depende de apoios e financiamentos Pode ter vínculos empregatícios com limitações Podem ter imunidade e isenção fiscal |
Exemplos:
Dois projetos de Curitiba auxiliam, na prática, como desenvolver ideias de impacto social mas que consigam se manter de maneira sustentável e com viabilidade econômica para dar autonomia ao seu desenvolvimento.
Um deles é o Trackmob (www.trackmob.com.br), uma empresa focada em orientar ONGs para que afiarem sua gestão de doadores e de doações, sua comunicação e também seu marketing. Com essa estratégia, o objetivo final é fazer com que esses projetos aumentem a aquisição de doadores, melhorem a retenção dessas pessoas e tornar a captação de recursos mais eficaz como um todo. Tudo isso é feito por meio de soluções tecnológicas e gerenciamento de dados e financeiro.
Outro exemplo é o Sintonia Social (www.sintonomiasocial), coordenado pelo jornalista Rulian Maftum. O projeto é uma plataforma de conteúdo criada para fazer reflexões sobre sustentabilidade e provocações sobre o comportamento de cada cidadão, com temas relacionados à mobilização. Além da sustentabilidade, a inovação também é o foco do Sintonia Social que utiliza uma linguagem simples e direta para discutir e difundir o tema por meio de um programa de rádio ou, de forma mais personalizada, em cursos e palestras direcionado a empresas que já desenvolvam ou que queiram implantar programas de sustentabilidade.
Conheça mais profundamente sobre o tema na “Noite de Impacto”
Para engajar melhor Curitiba nesse tema, o Impact Hub convidou profissionais experientes na área para debater o assunto no próximo dia 21, durante o “Noite de Impacto”. O evento, realizado na sede do Hub, reunirá em um único ambiente pessoas com o mesmo propósito para difundir os conceitos, trocar experiências e promover parcerias.
Os participantes poderão tirar dúvidas, esclarecer pontos dos seus próprios projetos e conhecer melhor os conceitos desse modelo de empreendedorismo que é um dos que mais cresce no mundo.
A inscrições estão abertas e podem ser feitas aqui (www.eventbrite.com.br/e/noite-de-impacto-tickets-44034588640). A programação inicia às 18h30 e conta com os seguintes temas e horários:
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18h30 – 19h00 – Warm Welcome |
Os ingressos custam R$15 por pessoa e a sede do Impact Hub Curitiba está localizado na Rua Fernando Amaro, 60, Alto da Rua XV. Dúvidas? Entre em contato conosco pelo (041) 3023-0482 ou [email protected]