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11 de junho de 2018O país vem se destacando mundialmente por estar repleto de exemplos bem sucedidos, fruto de uma nova forma de pensar e fazer o negócios sociais.
Pesquisadores e empreendedores sociais, que vem mudando a realidade e gerando renda, começaram com a transformação de dentro de suas empresas e projetos para fora. Mudar a perspectiva sobre o que é um negócio social foi e é o primeiro passo para um projeto ou empresa dar certo e conseguir atingir seu objetivo em transformar uma realidade social com bases sólidas e com longevidade, de acordo com a pesquisadora, professora e empreendedora social Kerryn Krige, que atua em Joanesburgo.
Em uma palestra divulgada na internet, ela destaca que é preciso desassociar a forma exclusiva de pensar em benevolência, caridade e “boa vontade de mudar o mundo” ao falar em negócio social, e passar a considerar também o valor econômico como uma ferramenta capaz de gerar impacto a esse modelo de empreendedorismo. Para ela, até hoje o estilo mais difundido de negócios se coloca em extremos, ou seja, é o popular oito ou oitenta, como dizemos no Brasil: ou se pensa só no social ou exclusivamente se busca apenas o lucro. Esse é o ponto que precisa ser refletido e transformado.
Autora do livro “The Disruptors: Social entrepreneurs reinventing business and society”, ainda sem tradução em português, ela defende a necessidade de reinventar os negócios sociais e estimular uma nova geração de empreendedores, a partir de exemplos que já existem na África do Sul, considerando os dois extremos ao mesmo tempo. O livro de Kerryn é recheado desses modelos de negócios sociais que funcionam plenamente.
Como é na prática essa transformação dos negócios? Para a professora, sair um pouco do extremo é entender e considerar que existe o valor social. Ele é, dentro do espectro de um extremo a outro, um caminho intermediário entre a benevolência da ação social e o valor econômico. Esse meio termo é a forma eficaz de garantir os resultados positivos e a longo prazo para o empreendedorismo social.
De maneira resumida, é necessário explorar esse meio termo e, principalmente, visualizá-lo para, assim, reorganizar os empreendimentos sociais e potencializá-los. Tomar ciência e ver por essa perspectiva é o primeiro passo para a transformação.
O modelo que ganhou força na África do Sul é a uma forma das empresas dedicadas a combater males sociais gerarem oportunidades reais e criarem resoluções para o público onde atuam, sejam elas por meio de ações em trabalhos existentes ou mesmo com ideias inovadoras que possam facilitar ou resolver um problema daquela área onde atuam. “Vamos mudar o mundo?”, questiona Kerryn Krige. Se pensarmos somente em boas ações é algo similar a jogar a responsabilidade ao acaso e achar que uns são privilegiados e outros não. Os que ajudam são uma boa pessoa e os que precisam viram dependentes dessa ajuda. A professora reforça a necessidade de visualizar uma nova forma considerando esse meio termo para mudar os negócios, essas relações e assim conseguir mudar o mundo, segundo ela.
Quem difunde esses ideais de modelo são chamados como empreendedores sociais “disruptores”, justamente por essa quebra de paradigma que se perpetua no último século. Os “disruptores” consideram a geração de valores econômicos em seus negócios sociais como uma alternativa para promover a sustentabilidade de suas empresas, manter os objetivos e sempre está gerando novas metas sociais aos seus ideais.
Mesmo com pouca difusão desse modelo de negócio, essa forma de pensar o empreendedorismo social não é uma novidade, de acordo com a autora. Ela cita como exemplo os irmãos Lever, que no século XIX, tiveram a ideia de melhorar a fórmula do sabão para que evitasse causar danos às mãos. Naquela época eles, nem imaginariam que a criação resultaria numa das maiores marcas do mercado, a Unilever, que durante anos vem colocando produtos que fazem a diferença na qualidade de vida de muitas pessoas. Os irmãos são um exemplo em associar geração de recursos financeiros com ideais sociais.
Hoje a África do Sul já conta com uma diversidade de negócios sociais que seguem essa linha “disruptora”, que vão desde empresas de reciclagem a projetos tecnológicos. Muitos modelos são apresentados no livro.
“O empreendedorismo social na África do Sul é algo que você pode sentir e ver”, Kerryn Krige, pesquisadora, professora e empreendedora social
Viva a experiência e veja de perto
Desvendar com seu próprio olhar esses modelos de empreendedorismo social e liderança social é o convite que o Impact Hub Curitiba faz a quem quer descobrir projetos e empresas que são exemplos mundiais na área. “Viva, Aprenda e Lidere” é o estilo da Jornada de Aprendizado de Impacto que move o “Impact Learning Trek”, programa realizado na África do Sul.
Com realização marcada para 10 a 17 de novembro de 2018, o “Impact Learning Trek” colocará os participante para vivenciar o contexto sociocultural africano, de modo a colocar em prática também as habilidades para desenvolver um projeto, refletir sobre o contexto local e ampliar a visão sobre os negócios sociais com a participação de atividades de formação, intercâmbio com profissionais experientes de países como Estados Unidos, Espanha, Peru, Brasil e África do Sul.
Liderança responsável, investimento, sustentabilidade, comunicação, trabalho em equipe e outros elementos serão trabalhados durante a viagem de imersão direcionada ao tema. Um diferencial do evento é o Workshop de Inovação Social, que será realizado durante um dia inteiro.
Conheça mais detalhes do programa clicando aqui!
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