Coworking pode ser bom negócio para minha empresa?
25 de setembro de 20195 Dicas para crescer seu negócio e seu impacto
3 de outubro de 2019Comando News – O Accelerate 2030 chega à etapa internacional. Em setembro, 10 empresas de diversos países foram selecionadas para participar de uma imersão voltada para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em Genebra, na Suíça. Além disso, essas empresas receberão suporte de organizações internacionais por mais nove meses com o objetivo de fortalecer seus modelos de negócios e dar continuidade ao processo de desenvolvimento do plano de escala global. Nessa fase do programa global do Impact Hub e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil será representado pela a Solubio e a Portal Telemedicina. As empresas foram selecionadas entre as 33 candidatas brasileiras na etapa nacional do programa e embarcam para a Europa em outubro.
Com a missão de eliminar o uso de produtos químicos na agricultura, a Solubio desenvolve a tecnologia que permite aos agricultores produzirem biofungecidas e biopesticidas na própria fazenda. Essa mudança de mindset na forma de produzir e consumir defensivos agrícolas permite substituir produtos químicos por biológicos para minimizar os danos ao meio ambiente. “Existem muitas iniciativas no sentido de tornar o agronegócio brasileiro sustentável. A Solubio é apenas uma delas. Precisamos mostrar isso para o mundo. Nossa participação na fase global do Accelerate 2030 é uma oportunidade de provar que uma empresa brasileira desse segmento está realmente preocupada com a sustentabilidade do agronegócio no país”, afirma Maurício Schneider Pereira, diretor de estratégias e operações da Solubio. A prática ainda representa uma economia de até 40% para o agricultor.
A outra empresa selecionada para etapa internacional do Accelerate 2030 é a Portal Telemedicina. Fundada em 2013, a Portal Telemedicina surgiu da vontade dos cofundadores em realizar uma mudança real e significativa na saúde brasileira. Com a missão de salvar vidas e garantir o acesso universal à medicina, a Portal é uma empresa B2B que oferece uma solução capaz de conectar os melhores médicos especialistas à clínicas e hospitais, mesmo em locais remotos, laudando exames à distância em poucos minutos e por um valor acessível. “Com uma tecnologia única no Brasil, a plataforma da Portal Telemedicina integra diretamente aos equipamentos médicos (inclusive conectando-se a aparelhos offline) por meio de multiprotocolos de comunicação e IoT (Internet das Coisas). Essa inovação agiliza diagnósticos e evita erros de digitação e de informações já que os dados são enviados diretamente do aparelho, sem necessidade de upload manual”, explica Roberto Figueroa, Cofundador e Chief Operations Officer (COO) da Portal Telemedicina.
Segundo Marcos Schwartz, diretor do Impact Hub Curitiba, as empresas classificadas para etapa internacional do Accelerate 2030 podem esperar uma nova rodada de mentorias voltadas à globalização e ao processo de escala mundial de seus negócios. “Paralelamente aos treinamentos, as empresas selecionadas para irem à Genebra terão contato com potenciais parceiros, investidores, clientes e os mais de 40 órgãos que compõem a ONU e que tem relação direta com os objetivos de negócio de cada uma delas”, completa Schwartz.
Nesse sentido, a Solubio e Portal Telemedicina têm objetivos bem claros de como se aproximar de fundos de investimento, encontrar potenciais parceiros em P&D, conhecer novos mercados, receber feedback sobre o modelo de negócio e ter acesso aos órgão da ONU relacionados à Impacto Social, Segurança Social, Acesso à Saúde, Direitos Humanos, Desenvolvimento Tecnológico, Meio Ambiente e Sustentabilidade. “Participar do Accelerate 2030 com instituições que realmente acreditam no poder das parcerias para gerar um verdadeiro impacto social nos permitirá ficar ainda mais fortes para cumprir nossa missão como empresa” ressalta Roberto Figueroa, da Portal Telemedicina.
Empreendedorismo de Impacto Social
A expressão empreendedorismo de impacto social tem ganhado destaque na mídia voltada à negócios. Mas existe diferença entre empreendedorismo “tradicional” e empreendedorismo de impacto social? Segundo Mauricio Schneider Pereira, da Solubio, todo empreendedor busca resolver um problema da sociedade. “Um padeiro que acorda às 5h da manhã está resolvendo um problema da sociedade que é a alimentação. Entretanto, existem empreendedores que trabalham com problemáticas que têm um impacto mais abrangente na sociedade como diminuição da pobreza, da destruição do meio ambiente, da desigualdade entre os gêneros, prevenção de doenças, inclusão social e assim vai. Mas, no final do dia, todo o empreendedorismo é social”.
Para Marcos Schwartz, diretor do Impact Hub Curitiba existe uma corrente que afirma que o lucro é um dos aspectos que diferenciam o empreendedorismo comum do empreendedorismo social. Porém, ele discorda deste pensamento. “Enquanto empreendedores tradicionais buscam criar novos segmentos industriais e de mercado em larga escala, o empreendedorismo social consiste em buscar soluções para o que não está funcionando associado a problemas sociais e apresentar soluções inovadoras que alterem o mindset da sociedade a respeito dessas questões. A larga escala, neste caso, não é imprescindível, desde que a atuação em sua comunidade faça diferença”.
Na dúvida, se os problemas associados estiverem relacionados a algum Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU um empreendimento pode ser considerado social.
Sobre o Accelerate 2030
Em 2019, o programa de aceleração global de negócios de impacto social co-realizado pelo Impact Hub e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) contou com a inscrição de 1.183 empresas de 16 países. No Brasil, 332 empresas se inscreveram e 33 foram selecionadas para o programa que engloba treinamentos, acompanhamento de mentores e rodadas de negócios para o desenvolvimento de um plano para escala global, fomento a conexões estratégicas e suporte especializado.
Uma das premissas do Impact Hub é ser uma comunidade global com impacto local. O Accelerate 2030 possibilita colocar essa premissa em prática. Isso acontece por meio do incentivo à aceleração da internacionalização dos empreendedores de impacto social voltados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “O programa é destinado a uma série de empresas que já causam impacto local e tem uma visão de internacionalização dos seus negócios, buscando ingressar na comunidade global. Por isso, mesmo as empresas que não foram selecionadas para a etapa nacional ou não seguiram para a etapa internacional estão no radar do Impact Hub e continuam sendo auxiliadas em busca de seus objetivos”, finaliza Valquiria Rumor, coordenadora de cultura e hospitalidade do Impact Hub Curitiba.
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